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Um Dia, Dex and Em...

Um Dia, de David Nicholls, é um dos livros mais elogiados do ano. Dexter e Emma se conhecem na noite de suas formaturas, no dia 15 de julho de 1989, e ali iniciam uma relação de amor e amizade. Duas pessoas que não podiam ser mais diferentes. Ele, rico e mimado, cujo maior objetivo é viver a vida sem limites. Ela, estudiosa e idealista, porém insegura. A história se constrói, a partir daí, através de recortes da rotina dos dois personagens, ano após ano, sempre no mesmo dia 15 de julho. O livro foi lançado no primeiro semestre aqui no Brasil, pela Intrínseca.

O grande barato dessa estrutura de Um Dia é que ela evidencia o fato de que um dia, um simples dia, tem influência direta em nossas vidas, amanhã e daqui há 20 anos. Afinal, o que é uma vida senão um sucessão de dias? Dexter e Emma se transformam e amadurecem, dia a dia, durante os 20 anos que o livro acompanha em suas 416 páginas. A construção da personalidade dos dois é fantástica, e de uma simplicidade deliciosa. Impossível não odiar Dexter e seu excesso de confiança e arrogância juvenil, para depois torcer por ele e até sentir pena, ou questionar as decisões de Emma e seu idealismo exarcebado, para depois ver que na vida, pelo menos nessa pintada por Nicholls, tudo, de uma forma ou de outra, sempre se encaixa.

A leitura de Um Dia é daquelas que dá vontade que não acabe nunca. A gente ri, chora, se apaixona pelos personagens, se identifica com aquelas duas vidas, suas dúvidas, questões, e o inexorável amadurecimento que surge com o passar dos anos. A leitura flui de forma totalmente envolvente e, perto do fim, tomamos um soco no estômago totalmente inesperado, mas que no fim das contas torna a história ainda mais maravilhosa. O capítulo final talvez sejam as páginas mais doces que já li na vida. Envolvente, emocionante, engraçado, mas ao mesmo tempo triste e melancólico, Um Dia é o tipo de obra que estraga uma vida: a gente acha que nunca mais vai ter em mãos um livro tão maravilhoso.

Tanto tempo e tão longe...

Tanto tempo e tão longe...

Hoje já é dia 27...e ultimamente tenho passado por experiências tão turbulentas que fico me perguntando, o que tirar de lição de tudo isso?? Aliás, passamos por tantas experiências desde que nascemos...e eu me pergunto: será que nada é para sempre? o amor, a amizade, o companheirismo, a cumplicidade...Construímos pontes entre nós que nos levam ao mais íntimo dos nossos segredos e confiamos, talvez , a pessoas, as quais nunca mais veremos e que se vão por algum motivo, levando de nós parte da nossa história. Construímos nossos relacionamentos pensando em nunca terminá-los...Acabamos por expor nossos sentimentos, confiamos em alguém para guardá-los e cuidar bem deles...e um dia, tudo pode acabar. Pensamos em nos realizamos pessoalmente, tendo um casamento feliz, um emprego que atenda às nossas expectativas, pensamos em comprar uma casa, um carro, ter filhos, uma vida de sucesso...Mas será esse mesmo o sentido de tudo??E se isso tudo acabar um dia??E se isso nem sequer se realizar??

Devemos pensar que nada do que passamos foi em vão e que pode fortalecer acontecimentos e relações futuras, assim como nos tornar mais fortes e mais perspicazes quando nos depararmos com algum obstáculo.

E pensando nisso tudo, cheguei a seguinte conclusão: viver um dia de cada vez, da melhor maneira possível, procurando fazer o bem... vivendo realmente como se fosse o último dia...tentando com todas as forças fazer as pessoas que amamos mais felizes.